Aquapolis - Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes

Descrição | O Aquapolis resulta da reabilitação das duas margens do Tejo, com o intuito de ligar, novamente, a população ao rio, vivendo o Tejo e recordando a sua História, nos tempos onde este era a principal “via rápida”, transportador de pessoas e mercadorias. Hoje é um local atrativo, que oferece aos seus visitantes espaços de lazer e contemplação com circuitos de manutenção, zonas de relvado, anfiteatro, campo polidesportivo, ciclovias, zona de patins/skate, parque infantil, parque equipado com aparelhos para exercício físico, parque de merendas, zonas de restauração e bar, praia fluvial com campos de futebol ou de rugby e voleibol, estação de serviço de autocaravanas e rampa de acesso ao rio, na margem norte. Na sul, um anfiteatro moderno com cobertura extensível para a realização de eventos, e o testemunho de uma antiga ponte militar de barcas. Conhecida por Mourões, terá sido construída no período das invasões francesas, entre 1809 e 1811, pelo Engenheiro Manuel de Sousa Ramos, para ligar Abrantes ao Rossio ao Sul do Tejo, no local onde outrora o comércio fluvial reinava, a fim de proporcionar passagem às tropas anglo-lusas. Este pitoresco conjunto de pilares, do século XIX, foi classificado como Imóvel de Interesse Público, em 03 Junho 1970. De mencionar, também, a Fonte dos Touros, que constitui um óptimo exemplar de uma fonte de mina. Antigamente os populares afirmavam que a sua água era de excelente qualidade, dando de beber aos touros antes das touradas, pois acreditavam que a água desta fonte os fortalecia e que era garantia de uma boa lide. Terá sido construída, no século XIV, tratando-se de um aparelho de água rústico e sóbrio. Foi durante anos o lavadouro da freguesia, mas chegou ao início do século XIX em avançado estado de ruina. Contudo, as obras de recuperação das margens do rio, integradas no Aquapolis, vieram dar-lhe nova vida, oferecendo ao visitante um enquadramento paisagístico invulgar sobre o rio e a cidade. Na margem Sul encontramos, ainda, o Centro Interpretativo do Tejo. Com a missão de contribuir para a promoção do património natural e cultural dos territórios ribeirinhos, que se situam em torno do rio Tejo, foi criado para a valorização do Tejo, com a projecção de conteúdos referentes ao património deste recurso, é constituído por 3 equipamentos multimédia interativos: Miradouro Virtual (exterior), Parede Virtual e Simulador virtual (em espaço fechado) que oferecem actividades ambientais. Outra das valências do Centro são as condições e serviços disponíveis para os cicloturistas dignos do selo” Bike Friendly” e a possibilidade de pernoitar no parque de campismo e autocaravanismo. Para os amantes da pesca existem pesqueiros em ambas as margens. De referir, ainda, a existência de um espelho de água, criado a partir de um açude insuflável. O parque ribeirinho Aquapólis é o pedestal de três esculturas notáveis. Na margem Norte, em “diálogo” com o que resta dessa antiga ponte de barcas, destaca-se pela sua dimensão e ousadia a obra “Cidade Imaginária: mar de Abrantes” do escultor Charters de Almeida, que pretende ligar simbolicamente as duas margens do tejo, ligação sugerida pelas diversas portas e passagens que permitem a interação direta dos visitantes, descobrindo as múltiplas perspetivas da envolvente. A sul há duas peças de Santos Lopes: o mural em mármore “Vitoria do Tejo” simbolizando o rio poético e imaginário, enquanto a “Homenagem às fragatas” representa a relação de dependência e trabalho da população ribeirinha com o rio, via de comunicação, lugar de trabalho e factor de desenvolvimento industrial e mercantil.