No acto de varejar as oliveiras estreia o ritual de criar o “ouro líquido”. Molhar o pão no azeite, receber o sabor da tradição. Brindar as nossas alegrias com o vinho sagrado que nos aquece o coração.
Adoçar a nossa vida com o que a natureza nos dá, com um fio de mel, com o sabor da fruta nas compotas e marmeladas, com as estórias da nossa doçaria. Enriquecer a nossa mesa com os paladares regionais, que se sentem nas morcelas, nas farinheiras, nos chouriços, nas azeitonas, no presunto…
Comungar com os nossos pastos verdejantes através dos nossos queijos genuínos.
É nestes pequenos gestos que se descobre os gostos da terra.
O Mel
A utilização do mel pelo Homem é conhecida desde a pré-história, representada em pinturas rupestres. Também os egípcios, os romanos e os gregos o referenciam, em manuscritos e pinturas, como um produto especial. O mel é um alimento produzido por abelhas melíferas, a partir do néctar das flores e de secreções de certas plantas. O tipo de mel varia conforme a planta donde é extraído o néctar (rosmaninho, laranjeira, rosa, eucalipto, urze, etc.) e a espécie de abelhas que o produz. No Ribatejo, a abelha produtora de mel é a Apis mellífera. Para além da sua função de adoçante, o líquido viscoso extraído dos favos tem propriedades terapêuticas, dado às suas componentes digestivas, analgésicas, anti-inflamatórias, anti-microbianas, e anticépticas. O mel também é usado na cosmética e na cicatrização da pele. A apicultura no Ribatejo remonta ao séc. XII, prova disso é a Denominação de Origem do mel ribatejano que já vinha consagrada pelo uso desde 1178 e, já neste período o seu valor era grande, era inclusivamente uma forma de pagamento. O mestre Templário, Gualdim Pais aceitava como uma das várias formas de gratificação cera de cortiço e favos de mel, ao dar de foral o Carvalhal de Cêras. O mel era outras das culturas de raízes medievais “a que os abrantinos dedicavam grande apreço.” No Ribatejo Interior, o mel é de eucalipto e de multiflores com base a alecrim o que o torna mais escuro em relação ao de rosmaninho e com um aroma indescritível.
Onde Encontrar |
Espaço “Cá da Terra” Centro Cultural Gil Vicente | Sardoal
Funcionamento: 3ª a Sábado.: 10h30»12h30 e 14h»19h
Tel: 241 851 144 | Email: cadaterra.sardoal@gmail.com | Facebook: https://www.facebook.com/sardoalcadaterra
Loja “Camões com Sabor”
Casa Santos Costa, Rua Alexandre Herculano | Constância
Funcionamento: 5ª a Dom.: 10h00»13h00 e 14h00»18h00 (encerra no último fim-de-semana de cada mês)
Tel: 962 134 857 | 249 730 052 | Email: camoescomsabor.constancia@gmail.com | Facebook: https://www.facebook.com/camoescomsabor.constancia
Welcome Center Abrantes
Edifício do Mercado Diário, piso -3, Esplanada 1º de Maio | Abrantes
Horário de Funcionamento: 2ª a 6ªfeira:10h»19h | Sáb., Dom. e Feriados: 10h»13h e 14h»19h – encerra nos dias: 01 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.
Tel: 241 330 100 (Tecla 6, seguido da tecla 4) | Email: turismo@cm-abrantes.pt